what the dormouse said?

terça-feira, 27 de abril de 2010

e aí aquele momento chega. aquele, que alguns chamam de epifania. ou caixa de pandora. eu o vejo como uma criança curiosa, que abre um livro proibido e o fecha correndo porque tem medo de ficar presa pra sempre em um de seus contos.
o mesmo que, em um dia banal, coar uma xícara de café e ser inundada pelo aroma de um suco de maçã. aquele que, há um milhão de anos, minha mãe pacientemente preparava espremendo a fruta amassada com um guardanapo.
diriam que o aroma ficou, mas a criança se foi.
sabiamente, cazuza anuncia o drama humano:
"na prática,
é tudo ao contrário".
... de repente, as palavras, os (des)amores e o violão se quebram, exatamente como a madrasta enfurecida desejou fazê-lo com o espelho, quando descobriu que branca de neve era a mais bela de todas.
qual é o propósito de um
?co
sai mo

1 comentários:

Anônimo disse...

Exatamente como eu estava dizendo (lê o e-mail antes), simples, mas não simplório, querendo na verdade refletir o sentido exatamente oposto. Existem detalhes tão simples da vida, não que a vida seja simples, ou talvez seja, mas esse não é exatamente o ponto. Fato é que simples ou não simples, a vida é feita de momentos simples, isolados e inofensivos que se montam, uns atrás dos outros em um emaranhado linear mas que não deixa de ser um emaranhado. E ao tentar enxergar a peça toda nos vemos com a vista embaçada, mas você consegue captar a simplicidade de cada um desses pequenos e individuais momentos da vida e, sem tirá-los de seus contextos, dar cor, brilho e nitidez. Faz isso magicamente em algumas poucas e belas linhas. Invejável, mas nenhuma inveja seria capaz de roubar esse talento. E ainda supõe que eu esqueci o endereço desse blog? Posso ter esquecido como dar confiança às minhas palavras, mas nunca vou esquecer onde buscar palavras que me dêem confiança…