sábado, 16 de janeiro de 2010

eu tentei. caralho, como eu tentei: análise, porre,saia-curta, espelho, nicotina. não é nada disso, nada disso você sabe que não, você sabe o nome porra não tem nada a ver com amor, olha no espelho, no espelho você não é louca, é vaidosa e não tem vergonha na cara; põe maquiagem, esconde com um pouco de blush o rubro que ainda te dá quando toca aquela música. tira esse som, pelo-amor-de-deus tira isso porque me dá vontade de chorar e hoje mesmo eu já descobri que ela é cantada pra outro alguém - tomara que suma -, me sinto um leão escaldado.
tentei, puta merda, eu conheço cada imperfeição sua melhor que sua mãe, tentei me convencer não-idealiza não-idealiza você também tem mau-hálito quando acorda. não dá. é feitiçaria, honey. galinha preta escondida embaixo do chão onde você me beijou, puxa me dá calafrios até hoje quando lembro e mordo o travesseiro porque sinto raiva, medalha de participação e qualquer um te teria, você é fácil e é como eu se deleita quando algo te soa a: um desafio. isso é insanidade, mas não tem chá de erva-doce, maracujá boldo verde que acabe com esse incômodo, cócegas embaixo do nariz. mas eu sou normal, normal, não preciso disso não leva a nada, isso vou escrever porque escrever eu gosto.
esquento a bunda na cadeira, hoje quero falar de algo que não dê pra salpicar com sua indecência mas não, de alguma forma você, cobra dissimulada, entra por baixo da porta e sobe, sobe se enrola no meu pescoço e... não posso fazer mais nada, não posso falar de partidos políticos, de cozinha, de ai-meu-deus-como-amo-os-passarinhos nem de profecias maias astecas incas platônicas. eu, lucidez, te odeio. me odeio, por isso. e também os passarinhos.