what the dormouse said?

terça-feira, 27 de abril de 2010

e aí aquele momento chega. aquele, que alguns chamam de epifania. ou caixa de pandora. eu o vejo como uma criança curiosa, que abre um livro proibido e o fecha correndo porque tem medo de ficar presa pra sempre em um de seus contos.
o mesmo que, em um dia banal, coar uma xícara de café e ser inundada pelo aroma de um suco de maçã. aquele que, há um milhão de anos, minha mãe pacientemente preparava espremendo a fruta amassada com um guardanapo.
diriam que o aroma ficou, mas a criança se foi.
sabiamente, cazuza anuncia o drama humano:
"na prática,
é tudo ao contrário".
... de repente, as palavras, os (des)amores e o violão se quebram, exatamente como a madrasta enfurecida desejou fazê-lo com o espelho, quando descobriu que branca de neve era a mais bela de todas.
qual é o propósito de um
?co
sai mo

estéreis,

domingo, 11 de abril de 2010

são os que procuram o amor no outro, e deus no céu.
abobalhados,
não sabem que são sempre eles
e é sempre no mundo.

"A minha cabeça gira. Não, a minha cabeça não gira, a minha cabeça cresce e se derrama pela rua. E eu fico vendo as pessoas caminharem por entre os meus cabelos. No começo, elas têm alguma dificuldade, mas sorriem e vão afastando pacientemente os fios. Mas os fios aumentam e se tornam cada vez mais espessos, instransponíveis. E então as pessoas se enfurecem e apanham foices, tesouras, facas e agulhas e vão cortando e furando os meus cabelos que não páram de crescer sobre a cidade de pessoas enfurecidas."
C.F.A