- Fala, pequena!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Fala, porque é na pausa das palavras que uma alma toca a outra, entrelaçado de grãos de poeira e areia adentrando-se nos furos; fuga terrena.

Cala o delírio de fortaleza inabalável e esmorece, e desalinha, e corre que é tempo de se apequenar e entrar pelas fechaduras. Boca muda é receio de julgamento duro e divino, costuras estáticas e amargas, somos todos perecíveis e sensíveis, carentes e pequenos, fios de fagulhas que chegam até o céu e, por opção, decidem voltar. Roda sua valsa descompassada, menina, e sonha as entrelinhas que nosso alfabeto é incapaz de deitar nos papéis, porque somos todos jovens e tolos demais.

Pequenos e assustados, sem mais.

1 comentários:

Anônimo disse...

e é na pequenice que reside a beleza!!! ^^