sobre as reticências

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

e você se foi, lapso de lucidez. e nós fomos, apesar de ainda sermos.
porque quando se torna nítido que você sou eu,
e eu me encho de você,
talvez, se fôssemos,
o mundo se acab...
mas,
entretanto,
um minuto. um minuto dentro de sua retina é o bastante para afundar-me de novo, mar negro de caos
... e então somos nós novamente, no entrelaçado surrealista e masoquista de quatro pernas que, de perto,
são oito.

oito pernas que sustentariam um sonho de vento,
guardado cuidadosamente no clímax de um romance
que, vidro que é,
um toque e...
e você se foi, lapso de lucidez.

4 comentários:

Mari Henriques disse...

Adorei!!! saudades..=*

the xis, mano! disse...

oh! ;]

Naty disse...

Que o seu Natal seja cheio de paz e harmonia
em companhia dos amigos e da família.
Que a passagem deste ano
renove e revigore
em todos nós a esperança
de saúde,
prosperidade,
bem estar
e felicidade.
Boas Festas

florence disse...

Esse é o tipo de texto seu que me faz vontade de chorar, por ser tão lindo e me remeter a coisas tão densas.
Poxa, Carol, eu te amo. E além disso, você me inspira.
Preciso de mais tempo perto de você, perto de sua essência cheia de reticências e de sua intelectualidade tão espiritual e de seu jeito de ver as coisas, que as torna imateriais.