ali; parada.

domingo, 22 de março de 2009

-vou, sim.
-não vai, não. - e puxou seu braço com violência, fazendo-a cair desajeitada no meio-fio. suas lágrimas começaram, lentamente, a escorrer pelo asfalto gasto.
por ali, por dia, suportava e oferecia suporte à milhares de estupros, lamentações e, ocasionalmente, alegrias. uma placa entediada mostrava, há trinta e oito anos, que a via era única.
pela primeira vez, numa manhã de um dia que nunca mais se repetirá, uma senhora trocava de calçada, despreocupada.
um carro freou com pressa.
-olha a rua, dona!
olha a rua, dona... ali; parada. ali; suspirando...enquanto o sol se põe.

6 comentários:

curvo disse...

nossa,
parece milagre!

- Cut ∆way. disse...

escreve muito bem, parabéns carol ;D

Lorene disse...

"enquanto o sol se põe"

adoooooro.
pronto, comentei.

(heheh)

chivo disse...

escreveria um livro, cada capitulo um causo, mas acho vc pouco puta para tanto.
eu sou puto, faria lesbicas virarem a cabeça, toco muito leve putas safas, transo com meninos que gostam de toques leves e tambem com meninas que gostam de apanhar.
vc é pouco puta.

Dayane Abreu disse...

você devia postar pelo menos uma vez por semana, moça.
te indiquei esse prêmio aqui:
http://independenciacondicional.blogspot.com/2009/04/premio-dardos.html

bjs

Anônimo disse...

ai rua (Andorinha)