banalidades

domingo, 7 de fevereiro de 2010

- cara, eu tenho um sonho!
- olha só, hoje em dia isso é raro... me conta?
- eu reparto. é de creme, você gosta?
- mas...
- eu sei. é que amassou porque ficou na bolsa... te dou a parte com mais açúcar, tá?
- é que, ah...! tudo bem.
- olha, é o seguinte: o sonho é de padaria porque eu já não aguentava mais ter insônia. eu me apeguei ao concreto e agora eu durmo bem, economizo com livros ridículos de poetas virgens, e com cigarros. não é...
- ... triste. espera, o que é isso nos olhos? parece...
- ... maquiagem. já disse; concreto.
- pra mim isso tem outro signif...
- puta merda, eu posso, me diz, eu POS-SO tentar ter uma vida normal aqui?! você pode deixar de me assombrar, eu não quero ter que dizer que foi por... - e ela encheu sua boca com o doce, fechando espaço à qualquer verso rimado, abab, já prestes à denunciá-la.

7 comentários:

Beto Martins_Guziej disse...

rsrs adorável

Florence disse...

e tinha sido o seu doce anterior que tinha me inspirado.
Vamos viver nesse ciclo vicioso até quando?
ah, e depois da conversa de sábado conclui que passei a escrever contos curtos por sentir sua falta!

Tonho disse...

Ser pós-modernista faz parte do verbo ser?

jorge maia disse...

Legal, muito legal.
A velha, adorável e sempre recorrente obsessão literária por doces. Eu continuo lendo Carol Toffanelli escondido.

Insolente disse...

vida normal é mais fácil, mas muitas vezes sem gosto. Às vezes eu sinto falta de saltar, não como nos dezesseis...aos dezesseis eu era tão boba que me irrito.
Caio vez em quando acerta assim, no alvo. fico extasiada. =]
bjos

Insolente disse...

por mim ficaríamos todos no carnaval, assim por mais uns 2 meses...
é lais_fernandes_jf@hotmail.com
eu deletei orkut...

bjoos!

capoia disse...

è a primeira vez que passo por aqui...adorei...vc capta o nosso tempo...continue dasabafando pensamentos em forma de literatura abços