na sala de espera

quinta-feira, 16 de julho de 2009

humanos escrevem por milhares de razões. não têm necessariamente de ter algo a dizer.
muitas vezes, escrevi por puro egoísmo, mascarando minhas pretensões mais sujas por trás de personagens - marcadas sutilmente a ferro e fogo em suas ancas jovens.
hoje, silencio. por egoísmo, ou por não ter nada a dizer. no íntimo, sei que é porque voei alto demais, e agora me custa pousar em algo que me dê insônia, rubor ou motivo pra chorar. fiquei arisca (odeio pensar na idéia de substituir essa palavra por 'supérflua'), uma pena - e é na falta dessa que levo um lápis num bolso, e um ilícito noutro.

3 comentários:

coruja disse...

...eis a bela contradição humana: sempre sim há algo a se dizer!

Isa F disse...

Escrever é divino

Anônimo disse...

É rancar células alteradas das entranhas... Cirurgias dolorosas. Não temos controle de quando surge o câncer. (Mas tbm pode ser um momento supérfluo, fazer o que?...) Pensando bem, já to escrevendo de mim. (Andorinha)